Se é verdade que para a maioria de nós a oportunidade de ir à praia e ter o corpo mais descoberto se assume como algo relaxante e sinónimo de descontração, também é verdade que para muitas pessoas esta experiência pode revelar-se absolutamente desconfortável e uma verdadeira fonte de sofrimento. 

Quem nunca acordou com aquela sensação de que, mais uma vez, falhou por não ter alcançado o corpo de sonho ou socialmente desejável? Percebemos que o verão pode trazer consigo a ideia de que um corpo perfeito, um corpo de “verão”, é condição necessária para viver com tranquilidade o período do ano que agora atravessamos.

Os construtos sociais, em torno deste tema, são um dos fatores responsáveis por fazer com que muitas pessoas enfrentem sentimentos de ansiedade, angústia, frustração e vergonha na relação que mantêm com o próprio corpo. E é aqui que, quando mergulhamos por tempos continuados nestas emoções, comprometemos a qualidade da nossa saúde mental e bem-estar. É aqui, também, que, como sabemos, se inicia e dá vida a um role de desculpas que vêm servir para justificar a recusa a um (dois ou três) convites; que servem para evitar a proximidade de uma piscina; para fundamentar horas de reflexão em torno da escolha estratégica de peças de vestuário… e uma série de outras ocorrências. Sinais de alerta.  
 
Os eventos de verão, como quaisquer outros em qualquer fase do ano, conferem sentido à vida e devem encaixar-se na nossa agenda com tranquilidade, paz e o nunca dispensável amor próprio. 

Importa partilhar convosco que a maioria das forças inibidoras  que parecem exercer controlo sobre alguns de nós, representam, essencialmente, barreiras psicológicas. Barreiras que nascem, primeiramente, na nossa própria pessoa, cabeça, nos nossos próprios julgamentos. Percebemos  assim e rapidamente, que a melhoria da relação com o nosso corpo e a capacidade de nos aceitarmos é basilar para não nos deixarmos consumir e derrotar pela vergonha e todas as outras emoções que já listamos, e sabemos, tanto pesar.  
 
Se pudéssemos escolher uma palavra de ordem, para este verão, proporíamos liberdade. E desse lado, que palavra escolheria? 

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